Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Eu quase
consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro
tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a
certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um
restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira
nada nunca. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E
é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor
também não consegue ser inteiro. Eu quase não te amo mais, eu quase não
te odeio, eu quase não morro com a sua presença. O problema é que todo o
resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
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