Desliguei o abajur na mesinha de cabeceira de minha cama, o escuro dominou quase que completamente o quarto, a não ser pela fraca luz verde do despertador eletrônico que marcava exatos 23h23min, meu pensamento voou direto em você, o lençol frio cobria parcialmente meu corpo vazio em tua ausência, fechei meus olhos e vi seu rosto, minha cabeça foi a sua presença, por alguns instantes vi você, olhando hipnotizada para um despertador, um despertador que marcava 23h23min. Tua mente se perdera no infinito, estava em algum mundo que não era o seu e distante do meu, em outro vi seu sorriso, algo me dizia que estava feliz, lembrei-me dos momentos e tentativas de chamar sua atenção, você me ignorava, o sorriso em seu rosto se decepou e jurei ouvir sua voz em pequenos sussurros pedindo desculpas, tirei conclusões precipitadas e julguei perder meu tempo, achei que apenas tinha amadurecido, mas não, eu me tornara cada vez mais ignorante e estúpido, crescer não é esquecer e ignorar não é amadurecer, depois de tantas mágoas eu aprendi a viver, parece que o mundo mudou, ainda hoje me lembro da primeira vez, quando afirmei te amar, tirei um peso de tormentas das costas, sua reação foi pior do que eu esperava, você apenas ignorou, ainda hoje não sei o que pensa de mim, mas lembre-se que cada momento da minha vida penso em você, mas eu sou forte, minhas reações são tão fúteis quanto as suas, hoje eu aprendi a ignorar.
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terça-feira, 5 de junho de 2012
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